Mudanças Táticas Sem Sucesso
O Corinthians tentou três formações diferentes na derrota por 3 a 0 para o Barcelona de Guayaquil, pela Conmebol Libertadores. Iniciou no 3-5-2, algo inédito em 2025, alterou para o 4-4-2 no intervalo e finalizou a partida com três atacantes. Nenhuma dessas configurações obteve êxito.
As escolhas táticas de Ramón e Emiliano Díaz se mostraram equivocadas e contribuíram para o fraco desempenho da equipe no Estádio Monumental de Guayaquil. No entanto, a superioridade do Barcelona-EQU sobre o Corinthians não pode ser explicada apenas por erros táticos.
Desempenho Abaixo da Média
O time também apresentou deficiências técnicas, cometendo erros incomuns. Rodrigo Garro, um dos principais jogadores do elenco, simbolizou essa atuação apagada. O meio-campista acertou apenas 22 passes, desperdiçou uma chance de contra-ataque e foi substituído aos 18 minutos do segundo tempo.
Outros atletas também tiveram atuação discreta. Breno Bidon teve dificuldades tanto com a bola quanto sem ela. Yuri Alberto quase não apareceu no jogo, enquanto Memphis Depay lutou, teve uma chance de gol, mas pouco acrescentou. O time inteiro demonstrou fragilidade.
Falta de Combatividade
Se o desempenho técnico foi ruim, a competitividade também deixou a desejar. Apesar de não demonstrar a mesma apatia da fase anterior contra a Universidad Central da Venezuela, o Corinthians voltou a oferecer espaços excessivos para o adversário.
Fatores como a maratona de jogos e a longa viagem ao Equador podem ter influenciado na intensidade da equipe. Além disso, o gramado pesado devido às chuvas em Guayaquil dificultou ainda mais o desempenho do time. No entanto, esses aspectos não justificam a falta de combatividade apresentada.
Problemas na Defesa e no Ataque
Enquanto jogou com três zagueiros, o Corinthians conseguiu neutralizar os cruzamentos do Barcelona-EQU, mas perdeu a maioria dos rebotes. Defensivamente, ainda conseguia resistir, mas ofensivamente foi ineficaz, sem uma única finalização no primeiro tempo.
Para agravar a situação, aos 43 minutos da primeira etapa, em um lance de imprudência e lentidão, João Pedro Tchoca cometeu um pênalti, colocando o time em uma situação delicada. O Corinthians teve que escolher entre manter a postura defensiva ou partir para o ataque, correndo o risco de ampliar a derrota.
Na segunda etapa, a equipe passou a priorizar a posse de bola, mas não conseguiu criar jogadas de perigo. A defesa começou a apresentar falhas recorrentes, especialmente nas jogadas aéreas. Aos 22 minutos, um gol contra de Gustavo Henrique chegou a ser marcado, mas foi anulado por impedimento de Corozo.
Derrota Transformada em Goleada
O Corinthians claramente estava vulnerável, e o que era uma derrota controlada tornou-se um vexame. Primeiro, ao tentar adiantar a marcação, a equipe foi facilmente envolvida pelo Barcelona-EQU, sofrendo um gol após erros sucessivos. Depois, um contra-ataque fatal, logo após uma cobrança de escanteio, consolidou o resultado negativo.
A atuação coletiva foi muito aquém do esperado, refletindo tanto problemas táticos quanto falta de combatividade. O Corinthians precisará repensar suas estratégias para evitar novas apresentações tão fracas no torneio continental.